Aprenda sobre os Vinhos Italianos

Se você chegou até esta página é porque certamente deve ter alguma afinidade com a Itália. Assim como a história do ovo e da galinha, não sabemos se gostamos dos vinhos italianos porque gostamos da Itália, ou se o adorar a Itália naturalmente nos faz ter interesse pela gastronomia e pelo vinho.

Independentemente de qual seja a razão, se você é um enófilo do tipo que ama se aprofundar no rótulo enquanto degusta o vinho italiano, vai querer saber algumas coisas sobre a Italia.

A intenção dessa publicação é ajudar a entender melhor sobre os vinhos Italianos que você está tomando neste momento ou mesmo ajudar a melhor escolher seu próximo vinho italiano.

Que país é a Itália para o Mundo dos Vinhos?

Todos sabemos que a Itália é um dos países mais importantes da Europa e do Mundo. Em termos territoriais, a Itália tem a dimensão parecida e um pouco maior que a do Estado do Rio Grande do Sul. Se fosse um estado do Brasil, seria apenas o nono em extensão territorial. 

 

Entretanto, o PIB da Itália, ou seja, a soma de todos as riquezas produzidas naquele país, é comparável à do Brasil como um todo. De acordo com o Banco Mundial na sua publicação de 2020, o PIB da Italia é aproximadamente 35% maior que o do Brasil.

E o que isso tem a ver com o mundo dos vinhos italianos?

Calma! Já estamos quase lá!

De acordo a Agência Itália de Exportações, o vinho representa 15% de exportações agrícolas do todo o País. Além disso, o vinho em si sustenta 1% de todas as riquezas daquele país.

Comprando como Brasil, entremos de riquezas geradas, o vinho na Itália tem representatividade parecida do que é a soja ou o café para o Brasil. Ou seja, na Itália o vinho além de ser algo cultural, presente no dia a dia do povo, é um grande negócio.

 

As Macrorregiões Italianas - de onde vem o meu vinho?

Para melhor entender sobre os vinhos que tomamos é interessante saber sobre como a Itália como país se divide em termos territoriais. Como o vinho é um produto essencialmente agrícola, o tipo de vinho vem totalmente caracterizado pela posição no mapa. Isso quer dizer que um vinho de montanha ao norte terá uma característica totalmente diversa de um produzido numa planície ao sul. A Itália, portanto, divide-se em quatro macrorregiões ao longo de suas vinte regiões administrativas:

1. Norte da Itália (Italia Settentrionale): inclui as regiões de Piemonte, Valle d'Aosta, Lombardia, Trentino-Alto Adige, Veneto, Friuli-Venezia Giulia e Emília-Romanha. É a área mais desenvolvida do país, com uma forte economia industrial e agrícola, além de ser conhecida por seus vinhos, gastronomia e belezas naturais.
2. Centro da Itália (Italia Centrale): inclui as regiões de Toscana, Umbria, Marche, Lazio e Abruzzo. É uma região rica em história, arte e cultura, com várias cidades e monumentos famosos, como Roma, Florença e Pisa.
3. Sul da Itália (Italia Meridionale): inclui as regiões de Campânia, Apúlia, Basilicata, Calábria e Sicília. É uma região com uma forte identidade cultural, com belas paisagens, praias, gastronomia e arquitetura barroca.
4. Ilhas (Isole): inclui as regiões da Sardenha e Sicília, localizadas no Mar Mediterrâneo. São regiões com uma cultura única, diferentes do restante do país, com praias deslumbrantes, sítios arqueológicos antigos e gastronomia rica em frutos do mar.

Isso seria equivalente a dizer que o Brasil tem cinco regiões, Norte, Nordeste, Centro-oeste, Sudeste e Sul, contendo seus respectivos estados. Portanto, saber de que macrorregião vem o vinho ajuda a entender o estilo e o tipo de uva daquele conteúdo. Claro que isso não é absoluto, pois estamos tratando de produtos agrícolas, dependentes de relevo e microclimas, mas já nos dá uma dica sobre a predominância do tipo de vinho de cada lugar.

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